sábado, abril 22, 2006

Vã procura de trabalho


Foi-me feito um apelo, por parte de alguém que deseja permanecer no anonimato, para que publicasse este desabafo, portanto aqui fica o registo.

Sabe, por vezes conseguir arranjar trabalho torna-se uma tarefa quase impossível; pois pode-se procurar constantemente, não desistindo e mesmo já tendo exercido várias funções no campo em causa, como pintor, servente, agricultor (na azeitona, na cereja e no pêssego por exemplo) e não conseguir... o que provoca no próprio uma leve sensação de frustração e desespero! Pois, infelizmente, em minha opinião é necessário possuir dinheiro para sobreviver com um minímo indispensável necessário à vida, o que não se torna acessivel sem condições monetárias, note-se.
Procurei em vãs tentativas todas as construções de casas da terra e não consegui arranjar trabalho. Foi como que os "maus-ditos" do povo se sobrepuseram à minha chegada. Punham-se logo de nariz torcido! Perguntava a um trabalhador pelo patrão e quando me dirigia a este (já informado da minha presença) dizia-me usualmente que não, não tinham trabalho; a resposta que mais me davam foi: "Já tenho trabalhadores que cheguem", até chegaram ao cúmulo estúpido e extremo de me mentir, como me aconteceu uma vez em que me disseram: "Já despedi alguns, tinha a mais". Desesperante!
E o resultado foi o mais óbvio: 3 anos sem trabalhar. Mas graças a deus, uma pessoa( que não vou nomear) abriu-me as portas! Disse-me para me dirigir à Covilhã, ao intituto de emprego, inscrever-me com a finalidade de arranjar brevemente uma ocupação, uma função como trabalhador honesto e dedicado.
Com votos de um bom Verão, sem mais nada que me ocorra no momento...

Atenciosamente, até à próxima e felicidades para todos em geral!!!

Feito que está o registo só me resta deixar uma pequena reflexão para quem quiser fazer um pequeno exame de consciência: pergunto onde está a reinserção social do cidadão e a igualdade de oportunidades e porque é que o preconceito se lhes sobrepõe sempre?

9 comentários:

Anónimo disse...

aqui referem o trabalho, mas esse é o menor dos problemas desse pessoal excluido da sociedade...e gaba-se a igreja de ser muito solidária...é solidária com os próprios bolsos isso é que é um facto. com arranjinhos com a escola primária, com a junta, com a câmara. é preciso é papel no bolso do padre!!!

Anónimo disse...

infelizmente, a grande maioria das pessoas do paul são umas preconceituosas e hipócritas, tenho a certeza que esta pessoa já bateu à porta de muitas famílias que se dizem católicas e que vão à missa e nenhuma o ajudou ou lhe deu trabalho. o falsarius é que dizia as verdades…volta falsarius, vem continuar o trabalho que começaste!
que tristeza…fico msm triste quando penso na “gente entlijente” que anda por ai…

Anónimo disse...

é o paul em que vivemos, cheio de hipócritas que apregoam uma coisa e praticam outra...fascistas!!!

lennonportugal@hotmail.com disse...

aparentemente o problema da exclusão social não parece ter grande importância para os paulenses, tenho pena que assim seja, tenho pena que se olhe para estes excluidos como uma doença contagiosa em vez de se promover a reinserção dos mesmos na sociedade.

lennonportugal@hotmail.com disse...

quero deixar aqui um aviso aquelas cabecinhas que não conseguem atingir o objectivo deste artigo. este artigo não se destina a arranjar emprego a ninguém, ao contrário do que tem sido comentado por alguns "entelejentes", destina-se sim a alertar as pessoas para o grande problema da exclusão social, que afecta alguns individuos no Paúl. Fica o registo, pois já reparei que nesta terra é preciso fazer um mapa/guia para tudo o que aqui é publicado...

Tio Patinhas disse...

Parece-me que este artigo é demasiadamente pouco comentado, talvez por ser uma realidade triste que poucos a conseguem encarar. No entanto eu tenho esperança que algum "homem de negócios" tenha a coragem de dar uma oportunidade a este Sr.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Como estão a tratar do melhor recurso da vossa terra, a Ribeira?
Deixem-se lá de conversa fiada e digam-me o que pensam da porcaria que o viveiro das trutas deixa nas águas.

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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